Liberdade para quê? Liberdade para quem?
Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?
Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas?
Falam de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a
baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 26!
Fala-se muito em liberdade!
Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fume!
Mas, afinal, o que se vê?
Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros,
guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos
morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia.
Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos,
professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos “bullying”,
conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas,
crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças
assassinadas.
Da janela dos apartamentos e nas telas das
televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras
invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos a mão armada.
Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e sequestros. Uma terra em que a família não é
valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros.
Mas, afinal, onde é que nós vivemos?
Vivemos no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é
conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em
herói! Onde bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si,
organizam
“mensalões” e vendem sentenças!
Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são
assaltados e os caixas explodidos. É aqui, na terra da “liberdade”, que
encontramos a “cracolândia” e a “robauto”, “dominadas” e vigiadas pela
polícia!
Vivemos no país da censura velada, do “micro-ondas”, dos
toques de recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do
contraventor e com o homem da lei. País onde bandidos comandam o crime e
a vida de dentro das
prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras
destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas científicas de anos, irrecuperáveis!
Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê?
Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla?
Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz?
E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?
Quanta falsidade, quanta mentira quanta canalhice ainda teremos que
suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a
vergonha, a auto estima e a própria dignidade?
Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade?
Paulo Chagas
Olá!Boa noite
ResponderExcluirAmiga Ana
Como vai?Saudades sempre!
Que texto forte do Paulo Chagas....
Provar de uma liberdade plena, Senhorita, parece ser difícil
num primeiro momento, O problema está em que,
absorvidos pelo gozo da independência privada e na
busca de interesses particulares, renunciemos demasiado
facilmente a nosso direito de participar do poder ...todos..., e à medida que o homem constrói seu mundo com a força da alienação e comodismo, o cenário deste mundo se converte na prisão onde terão que viver. Um mundo sórdido, sem sabor, nem odor, com
um cenário que está em eterna construção. A remodelação permanente do prisão que nos envolve se justifica pela amnésia generalizada e pela insegurança já que
os depositários da autoridade nesse país não estão nem um pouco preocupados com essa "liberdade" que sufoca, envergonha,envenena, espolia e mata (o povo) , enquanto enriquece cada vez mais todos os outros bandos...institucionalizados e organizados que estão com as chaves de nossa prisão.
Obrigado pelo carinho
Bela semana
Beijos