5 de jul. de 2013

POLIAMOR




    A Wikipédia, enciclopédia livre da Internet dá a seguinte definição: 


     "Poliamor é a tradução livre para a língua portuguesa da palavra polyamory (palavra híbrida: poly é grego e significa muitos, e amor vem do latim), que descreve relações interpessoais amorosas que recusam a monogamia como princípio ou necessidade. Por outras palavras, o poli amor como opção ou modo de vida defende a possibilidade prática e sustentável de se estar envolvido de modo responsável em relações íntimas, profundas e eventualmente duradouras com várias os parceiras/os simultaneamente. (...) Poli amor como movimento existe de um modo visível e organizado nos Estados Unidos nos últimos 20 anos, acompanhado de perto por movimentos na Alemanha e no Reino Unido. Recentemente, a imprensa começou a cobrir abertamente quer o movimento poli amor em si, quer episódios que lhe são ligados.

     No poliamor uma pessoa pode amar seu parceiro fixo e amar também as pessoas com quem tem relacionamentos extraconjugais, ou até mesmo ter relacionamentos amorosos múltiplos em que há sentimento de amor recíproco entre todos os envolvidas. Os poliamoristas argumentam que não se trata de procurar obsessivamente novas relações pelo fato de ter essa possibilidade sempre em aberto, mas, sim, de viver naturalmente tendo essa liberdade em mente. "O poliamor pressupõe uma total honestidade no seio da relação. Não se trata de enganar nem de magoar ninguém. Tem como princípio que todas as pessoas envolvidas estão a par da situação e se sentem à vontade com ela. A ideia principal é admitir essa variedade de sentimentos que se desenvolvem em relação a várias pessoas, e que vão além da mera relação sexual."

     O poliamor aceita como fato evidente que todos têm sentimentos em relação a outras pessoas que as rodeiam. Como nenhuma relação está posta em causa pela mera existência de outra, mas, sim, pela sua própria capacidade de se manter ou não, os adeptos garantem que o ciúme não tem lugar nesse tipo de relação. "Não é o mesmo que uma relação aberta, que implica sexo casual fora do casamento, nem na infidelidade, que é secreta e sinônimo de desonestidade. O poliamor é baseado mais no amor do que no sexo e se dá com o total conhecimento e consentimento de todos os envolvidos, estejam estes num casamento, num ménage à trais, ou no caso de uma pessoa solteira com vários relacionamentos. Pode ser visto como incapacidade ou falta de vontade de estabelecer relações com uma única pessoa, mas os poli amantes se sentem bastante capazes de assumir vários compromissos, da mesma forma que um pai tem com seus filhos."

     Tenho observado cada vez mais este fenômeno na clínica, recebendo clientes com questões intrínsecas a suas escolhas amorosas e a falta de liberdade por conta desta relação. Uma paciente cujo nome omitirei, em uma de suas sessões detalha: “ - Eu adoro, o amo como intensamente a ponto de não poder viver sem, mas não quero amá-lo somente” e acrescenta argumentando “ - sinto que não podemos nos limitar um no outro, até porque, se o amor é algo tão grandioso, porque não dividir este amor com os outros?”. Um possível argumento, entretanto, vamos percorrer o caminho inverso e entender que momento é este ao qual vivemos. 

Breno Rosostolato 

    "Porque eu te amo, tu não precisas de mim. Porque tu me amas, eu não preciso de ti. No amor, jamais nos deixamos completar. Somos, um para o outro, deliciosamente desnecessários.
            O amor é tanto, não quanto. Amar é enquanto, portanto, ponto." (Roberto Freire) 

Grande sábio, o seu o meu o nosso amor libertário.
..Kay 



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Chico Xavier